Conheça Anna Freud, mulher que marcou a Psicologia e a Pedagogia
A talentosíssima Anna Freud foi destaque nas áreas de Psicologia e pedagogia, mesmo vivendo em pleno século XX. Conheça um pouco mais sobre a autora e como ela impactou o mundo, desafiando todas as probabilidades e superando o enorme preconceito da época.
Quem foi Anna Freud?
Filha do pai da Psicanálise, Sigmund Freud, Anna Freud nasceu no final do século XIX e faleceu em 1982, com 86 anos. Tendo isso em mente, imagine como deve ter sido difícil uma mulher judia ter conseguido fazer sucesso em uma época altamente preconceituosa contra seu gênero e etnia! Mesmo assim, ela conseguiu desenvolver e divulgar o seu trabalho, que impactou a Psicologia e a Pedagogia, escrevendo o seu nome na história.
Na Psicologia, ela não refutou o pai, mas teve um enfoque diferente em sua investigação. Portanto, ela fez um estudo mais centrado no Eu, não focando muito nas estruturas do Supereu (arcabouço moral) e do Id (pulsões para o prazer inconsequente). Inclusive, graças a esse enfoque, ela deixou um contributo fantástico sobre os mecanismos de defesa.
Certamente você já ouviu falar sobre esses mecanismos de defesa. Por exemplo, é normal ouvir as pessoas falaram sobre reprimir algo ou até mesmo projetar algo em alguém. Reconheceu? Isso porque são apenas poucos exemplos de mecanismos de defesa, tendo também a sublimação e muitos outros. Só para você saber, eles surgem como uma tentativa da pessoa de proteger a sua integridade, com ferramentas para lidar com situações desagradáveis.
Porém, não foi só na psicologia que ela se destacou. Anna Freud também marcou a pedagogia, com noções sobre como lidar com o conflito entre o interno e externo no estudante. Inclusive, ela teve formação em Pedagogia, atuando nessa área por 6 anos. Até hoje é possível encontrar o suas teorias na educação, sendo base para novos estudos e artigos teóricos sobre a aprendizagem e ambiente escolar. Fantástica, não é?
A mulher que derrotou o sistema
Uma mulher nos dias de hoje, certamente seria ovacionada, com tantas conquistas. Porém, ela viveu em uma época em que as mulheres não podiam votar e tinham pouco acesso à educação. Além disso, ela era de etnia judia em um cenário triste em que os judeus eram altamente discriminados na Europa e até mesmo assassinados, por causa do holocausto das décadas de 30 e 40.
Mesmo assim, ela conseguiu marcar o seu nome na história e até hoje é referência na sua área. Além disso, seus estudos ainda servem como base para diversos pesquisadores da atualidade. Em outras palavras, é um modelo de inspiração para mulheres e para qualquer pessoa que saiba que o sistema é injusto, mas que possua a esperança de que é possível superá-lo. Inspire-se com um pouquinho da sua sabedoria:
“Eu estava procurando fora de mim por força e confiança, mas elas vem de dentro e estão lá o tempo todo”.