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Feminina aos olhos de quem? Ressignificar a feminilidade

O que é ser feminina para você? A questão da feminilidade é complexa e vem carregada de construções sociais diversas, trazendo várias consequências para as mulheres, como a imposição de um padrão, ideia de desvalor, não adequação e muito mais. Bora conversar sobre isso!

De onde veio a ideia da pessoa feminina, sua construção e novos ares

Preste atenção a qualquer roda de conversa ou mídia falando sobre ser feminina. Certamente vai encontrar alguns conceitos ultrapassados, estereótipos e alguns novos ares. Será que cabelo curto – o tal Joãozinho – não é feminino?

Muitas de nós, escutam desde criança que deve sentar como mocinha, que luta não é para garotas, já que elas devem ser delicadas. Ao mesmo tempo, ouve-se que fulano parece mulher, por ter uma energia mais feminina, sem lembrar que a feminilidade e masculinidade se complementam e estão em todes.

O que é ser feminina

De acordo com um estudo realizado na UFPE, a ideia de ser feminina está relacionada a “atributos, papéis e condutas sociais representativos ou associados ao que se entende por ser mulher”. Essa ideia vem de uma construção histórica, baseada em necessidades políticas e econômicas de cada época. Ou seja, não é uma questão de essência, mas sim cultural e, por que não dizer, de limitação.

Dessa forma, a ideia de feminilidade é na realidade, “um estereótipo compartilhado socialmente (…) que determina para cada gênero os valores, as atitudes e as posturas corporais consideradas mais adequadas”.

Para isso, desde que a criança nasce, ela é moldada pelo meio. Isso acontece, desde as cores das roupas (meninas usam rosa e meninos azul), até os brinquedos, esportes, posturas e é claro, a forma de educação.

Feminilidade como estereótipo

Culturalmente, algumas características estão relacionadas ao feminino, como a fragilidade, delicadeza e sensibilidade. Além disso, também a saúde e juventude eterna – com forte relação à fertilidade – são presentes nesse estereótipo.

Consequentemente, há uma supervalorização do corpo, o que leva a sacrifícios em nome da “beleza eterna”. Isso leva a distúrbios alimentares, procedimentos estéticos invasivos e baixa autoestima, com um ideal de perfeição inalcançável, porém sempre cobrada.

Há também os comportamentos relacionados à pessoa feminina. Entre eles, estão a forma de falar, como sorrir, agir, sentar, conversar e até de andar. É quase como um estado de espírito, onde a pessoa deve exalar graça, delicadeza e passividade.

Certamente, isso também interfere em como ela vai se vestir, destacando ou escondendo partes do seu corpo. Isso porque ela busca atender à expectativa social para cada evento ou ocasião. Ou seja, tudo em prol daquela mesma imagem inalcançável e exaustivamente perfeita.

O feminino contemporâneo

Apesar de ainda ser marcante, as coisas estão evoluindo rapidamente. Isso porque essa ideia do que é ou não feminino já se modificou. A mulher vem conquistando cada vez mais espaço e mostrando novos traços da sua personalidade.

Não é que ela tenha se ‘masculinizado’, mas hoje há mais chances de ser quem realmente é.

Existem mais opções e mais liberdade para manifestar o próprio Eu, independente de gênero. Ou seja, o feminino moderno é plural, é rico e livre.

Cabelos longos ou curtinhos são igualmente perfeitos. O mesmo para unhas, feitas no salão, em casa ou só cortadas mesmo. Rugas são muito bem vindas, assim como aquelas gordurinhas que ficaram do pós parto. E o melhor, a mulher feminina pode sim falar como se sente bem, rir alto, beber com os amigos, sentar-se à vontade e gostar de esportes.

Sabe por que? Porque ser feminina nada mais é do que encontrar sua própria essência, sua forma de se manifestar no mundo e o que lhe faz bem. Veja o que a maravilhosa Xan Ravelli diz sobre isso:

Em outras palavras, todas as formas do feminino são lindas, o que certamente inclui os antigos estereótipos. O mais legal é que hoje, você tem a liberdade de escolher aquilo que te traz felicidade, externando a feminilidade aos seus próprios olhos e da sua maneira. E para você, o que é ser feminina?

1 comentário em “Feminina aos olhos de quem? Ressignificar a feminilidade”

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