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Desabafar: o que você deveria saber e ninguém contou

Desabafar, reclamar, murmurar… essas são palavras que remetem a um sentimento comum, mas são feitos de formas diferentes. Entenda o que é desabafar com qualidade, colhendo os melhores resultados para você e aqueles que te cercam.

Desabafar é bom, mas da forma certa. Veja o que você deve ou não fazer

Tem hora que o peito parece que vai explodir… nessas horas, tudo o que você precisa é desabafar. Mas que coisinha complicada é falar o que sente, não é? Mas isso é importante para sua qualidade de vida. Esse estudo mostrou que “falar sobre emoções leva a benefícios percebidos, levando a uma diminuição do impacto emocional ao longo do tempo”.

Para algumas pessoas, é difícil expressar corretamente o que está incomodando. Por outro lado, pode ser complicado encontrar quem ouça, sem julgamento. Então, o que fazer? Saiba tudo o que nunca te contaram sobre o desabafar e tome a melhor decisão.

Quando desabafar?

Não é apenas sobre melhor local ou horário – que são importantes também… é o momento em si. Será que você deve esperar chegar ao ponto de ter falta de ar ou dores no corpo (estômago, cabeça…)? E existem várias situações que levam ao desejo de aliviar o peito. As vezes dá para esperar, mas certamente, existem alguns casos que requerem urgência, veja quais são:

  • Assédio físico, verbal ou psicológico: se você está sofrendo ou sofreu algum tipo de assédio, precisa urgente falar com alguém. Se não tem ninguém de confiança em casa ou amigos, ligue para a Central de Atendimento à Mulher (180). Também procure saber se há na sua cidade alguma Casa da Mulher Brasileira, Centros Especializados de Atendimento À Mulher – CEAM ou Casas Abrigo.
  • Falta de limites: se alguém da família, do círculo de amigos ou no trabalho não consegue respeitar seus limites, não guarde para si. Desabafe e coloque as coisas em ordem… nada de ser a boazinha o tempo todo, ok?
  • Ofensa aos seus valores e credos: não permita que te julguem ou critiquem pelas suas escolhas, valores e credos. Isso não é o tipo de tema que pode ser varrido para debaixo do tapete. Educadamente, converse sobre isso e resolva a situação.

Com quem?

Por mais que seja a opção mais acessível, nem sempre a família é o melhor caminho para falar sobre suas emoções. Claro que isso depende da dinâmica de cada uma, então cabe analisar. Mas existem outras opções, como bons – e bem selecionados – amigos. Certamente um psicólogo faria toda a diferença, acolhendo, ouvindo e possivelmente, te orientando.

Se quiser, pode usar algum fórum seguro, sempre com o cuidado de não compartilhar informações pessoais, aliás, atenção para esse cuidado em qualquer lugar na internet, ok? Compartilhe suas dores, mágoas e alegrias, sempre sem dizer nomes, empresas, cidade e afins.

E se for um caso de abuso – mesmo que ‘sem bater’ – entre em contato com o telefone 180.

Por outro lado, se os dias já estão sem cor e você não está disposta nem mesmo a ir a uma consulta, entre em contato com o Centro de Valorização da Vida (CVV), pronto para te ouvir a qualquer hora.

Como não fazer

Infelizmente, as vezes a eliminação da carga psíquica não é a mais adequada. Em outras palavras, acaba descontando o estresse na base do grito, palavrão, quebrando coisas ou até mesmo agredindo. Essa certamente não é uma forma adequada de desabafar.

Também o direcionamento da raiva pode acontecer. Esse estudo mostrou que, quando tratados de forma injusta, 37% dos participantes puniram os colegas que não tinham relação com a injustiça causada. É o típico brigar com alguém querido porque passou por algo no trabalho, por exemplo.

Outra forma bem comum é a compensação da sensação de desamparo com os mais diversos vícios. E não se está falando somente de drogas ilícitas aqui, mas também comida, café, jogos, redes sociais e muitos outros.

Por mais que dê um certo alívio temporário, só vai te fazer se sentir pior depois, aumentando a pressão.

Melhores saídas para desabafar

Agora que você já entende várias nuances que envolvem esse momento, é importante saber que há diversas formas para aliviar essa pressão. Teste suas favoritas:

  • Escrita terapêutica: Faça um diário ou anote em um caderno o que está incomodando. Faça isso diariamente e tente entender de onde vêm esses pensamentos e sentimentos;
  • Desabafo online: existem muitas formas de desabafar online, só não vale mandar indireta no Face, Insta e Twitter, ok? Procure aplicativos e fóruns voltados para esse tema;
  • Atividade física: correr, lutar, dançar… vale qualquer atividade que te faça mover o corpo e estimular seus neurotransmissores favoritos; dopamina, acetilcolina, serotonina, adrenalina e noradrenalina;
  • Meditação: muitos tipos de meditação, respiração consciente, prática da gratidão e mindfulness podem te ajudar a aliviar o que está preso no peito;
  • Café com a amiga: aquele momento com uma amiga de confiança, compartilhando um bom café, muitas histórias e risadas também pode ajudar – ótimo também para falar o que está te incomodando;
  • Psicólogo: o apoio profissional é perfeito para quem não se sente a vontade para falar com ninguém. Também é recomendado quando a mente já está cansada de tudo isso aqui e andou pensando em desistir.

Em caso de risco ou ameaça

Lembre-se, você não está sozinha. Em caso de ameaça ou risco de vida, entre em contato com o 180 ou outras instituições de apoio. Dê uma olhadinha no Mapa de Acolhimento, que mostra onde encontrar ajuda, pertinho de você.

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1 comentário em “Desabafar: o que você deveria saber e ninguém contou”

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